6 de maio de 2011

DECLARAÇÃO DO AMOR MAIOR



Eu amo aqueles olhos que perderam as lágrimas porque a dor secou até a esperança de suas retinas;

sim, eu amo a voz daqueles que foram silenciados pela fome e pelo cansaço de ouvir não dos insensatos!

Eu amo as mãos sôfregas daqueles e daquelas que, estendidas, clamam por um pedaço de pão ou uma palavra de afeto...

Sim, é verdade, eu amo os corpos desnudos das pessoas que tremem em invernos longos e ardem em verões infernais sem terem feito mal a ninguém!

Eu amo aqueles e aquelas que não têm nome, não têm casa, não têm pai, não têm mãe, não têm irmãos, mas que podem ter amigos e irmãos espirituais, que têm nome, que têm compaixão, e, acima de tudo, amor próprio para lhes estender a mão...

Eu amo os que andam descalços, os que dormem ao relento e os que não têm pátria, 
porque em cada um deles há um pedaço de mim:
esta carne doída e sangrada que clama a vida de um homem que jamais morreu!

Sim, eu amo a todos os aflitos, perdidos, famintos, sedentos e necessitados, 
porque neles eu encontro um JESUS, que, crucificado, ressuscitou para nos ensinar a AMAR O PRÓXIMO incondicionalmente! 

Para ACOLHER, é necessário AMAR; para amar, é necessário MORRER; para morrer, é necessário RENUNCIAR; para renunciar, é necessário HUMILHAR-SE; para humilhar-se, é necessário RENASCER!


Eu amo a todos os que leram esta DECLARAÇÃO DE AMOR, pois você, como eu, precisamos, também, ser amados, pois somos iguais a todos os carentes e desamparados, que buscam no Alto o AMOR e o ACOLHIMENTO do PAI, que jamais nos abandona...
Para que o amor seja eterno, irmãos meus, amemos! 

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